Meu contato com os livros aconteceu muito cedo, pois minha mãe era professora: tradicional e muito severa! Ela levava para casa livros com desenhos coloridos, e eu me deliciava ao olhá-los. De vez em quando a acompanhava em suas aulas, por não ter com quem ficar em casa e então comecei a descobrir o mundo maravilhoso das letras, como Danuza Leão, que "na infância, não brincava de boneca nem de casinha, mas devorava revistas em quadrinhos e livros".
Mas foi com a Professora Marilda, na cartilha
Caminho Suave que aprendi que "Didi deu o dado ao bebê". Parecia tão
fácil unir as letras e formar as palavras... tanto que eu era a melhor aluna da
turma! Tirava nota 100 nas provas e, no final, ganhava um jogo de canetinhas da
Professora Marilda. Me lembro perfeitamente dela: aqueles olhinhos pretos por
trás dos óculos de grandes aros e uma boca rosada e pequena que dizia: dia,
dedo, Duda, cada... Minha mãe ficava orgulhosa, colhia margaridas no imenso
quintal do nosso casarão, fazia um grande embrulho e me mandava entregá-lo para
Dona Marilda. E ela agradecia, me beijando e abraçando. Ah, Professora Marilda,
que saudades...!
Eu gostava de ler. O quê? Não importava: jornais, revistas, dicionários, cadernos de receitas, livros de história... Fui amadurecendo e, ao contrário do que muitos diziam e pensavam, meu amor pelas palavras não diminuiu; muito pelo contrário, ficou cada vez maior. E a partir disso, minha paixão pelas letras aumentou cada dia mais, juntamente com a minha vontade de ser igual à mulher que me ensinou o fascinante mundo da leitura e da escrita.
Eu gostava de ler. O quê? Não importava: jornais, revistas, dicionários, cadernos de receitas, livros de história... Fui amadurecendo e, ao contrário do que muitos diziam e pensavam, meu amor pelas palavras não diminuiu; muito pelo contrário, ficou cada vez maior. E a partir disso, minha paixão pelas letras aumentou cada dia mais, juntamente com a minha vontade de ser igual à mulher que me ensinou o fascinante mundo da leitura e da escrita.
E eu cresci, me tornei professora de Letras e
tento agora fazer com que minhas filhas também tenham oportunidade de viajar
pelos livros, estimular a criatividade e conhecer o mundo fantástico da leitura
e da escrita. Um dia desses, me peguei indo ao quintal colher umas margaridas...
Régia Mara Corrêa Beraldo
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